O Reitor da Univali Mário Cesar dos Santos com Dr. Drauzio Varella |
Varella é enfático ao afirmar que não há segredos para ter uma vida mais saudável. Quando ele fala da “comida da vovó”, quer dizer comer coisas mais saudáveis. Antigamente, usava-se banha de porco para fazer a comida e ingredientes mais naturais. Com a modernidade, os alimentos industrializados ganharam as prateleiras dos supermercados e, por sua praticidade, boa parte da população consome esse tipo de comida. A comida industrializada é considerada a grande vilã da epidemia de pessoas obesas no mundo e o aumento no número de pessoas portadoras de diabetes e outras doenças. “Nossa alimentação tem que ser composta na maioria por alimentos que temos que descascar para comer. São frutas e verduras. Porém, com as frutas temos que ter cuidado devido à frutose”, avisa.
Além da alimentação saudável, Varella insiste na prática do exercício físico. Ele mesmo é um atleta, acorda todos os dias às 5h para fazer a sua corrida matinal. “Eu acordo bem cedo para fazer exercício porque trabalho de 10 a 12 horas por dia. Se deixar para o fim do dia, não vou ter disposição”, explica. Varella levou o público as risadas ao falar que se for esperar ter vontade nunca se começa a prática do exercício físico. “Todo dia você vai ter uma desculpa diferente. Um dia vai dizer que trabalhou demais e merece descansar, no outro está com dor de cabeça, no outro está muito frio, e por aí vai. Tem que levantar, quando o despertador tocar, e já colocar a roupa. Depois de alguns dias, a pessoa começa a notar os benefícios. Um deles é a sensação de bem estar, resultado da produção de endorfina.”
Drauzio é autor de 15 livros, entre eles “Palavra de Médico”, publicado em 2016, “Estação Carandiru”, de 1999 ganhador do Prêmio Jabuti de 2000, “Correr”, de 2015, e o último, lançado esse ano, “Prisioneiras”, o médico discorre com facilidade sobre qualquer assunto que possa contribuir com melhoria de vida das pessoas. Não por acaso, é considerado uma sumidade na área de saúde.
Apesar da formação como oncologista, foi um dos pioneiros no tratamento de AIDS, especialmente do sarcoma de Kaposi, no Brasil. Em 1986, quando ninguém queria falar sobre o assunto, iniciou campanhas com o objetivo de esclarecer a população sobre a prevenção. Em 1989, iniciou um trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV na população carcerária da Casa de Detenção do Carandiru. Desse ano até a desativação do presídio, em setembro de 2002, trabalhou como médico voluntário. Atualmente, faz o mesmo trabalho na Penitenciária Feminina de São Paulo. Suas experiências nas casas de detenção serviram de terreno fértil para a composição dos livros “Estação Carandiru”, “Carcereiros”, de 2012, e o mais recentes “Prisioneiras”.
Dr. Drauzio e a colunista Franciele Rodrigues |
Dr. Drauzio e a blogueira Eonice Tonet |
Dr. Drauzio e a colunista Angela Guedes |
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