Por: David La Barrica - Ex-jogador de futebol, empresário e vereador de Balneário Camboriú pelo PSB. |
Existem datas
comemorativas que precisam ser trabalhadas, e discutidas, não apenas de maneira
interdisciplinar na Educação Infantil e nos Ensinos Fundamentais, Médios e
Superiores, mas sim, entre as várias pastas/secretarias e esferas de um
Governo. Acredito que devam, inclusive, envolver os três poderes e a sociedade
civil organizada, pois a população possui muito mais a falar do que a ouvir. O
Esporte é uma dessas áreas: acompanho e participo desde menino do crescimento e
o desenvolvimento desta área, admiro os meus colegas, quem pratica e apoia, e
levanto essa bandeira como uma defesa da vida humana, pois como ex-jogador de
futebol sei o que se passa na mente de um menino que sonha com um futuro melhor
e mais vitórias: Esporte previne doenças, assim como afasta menores e adultos
da criminalidade (segundo apontam estatísticas recentes da própria Unesco, que
na mais recente pesquisa destacou o Esporte como a "base para a
transformação de uma nova sociedade").
Dentro desta linha de
defesa, destaco o Dia do Atleta, a ser celebrado no próximo dia 10 de
fevereiro. Desde os tempos primitivos o homem tinha que se defender dos animais
para garantir sua sobrevivência, motivo pelo qual aprendeu a saltar e correr.
Foi por sobrevivência. Além disso,
superou seus limites, pois os alimentos não eram facilmente encontrados.
Encontrava frutas, mas não tinha qualidades para apanhá-las dos galhos mais
altos, tinha que correr para conseguir matar um animal que lhe fornecesse
carne. Os primeiros registros de atletas apareceram nas primitivas civilizações
do Egito e da Mesopotâmia, por volta dos três mil anos antes de Cristo.
Um dos grandes
problemas enfrentados pelos atletas brasileiros é a falta de patrocínio. O
governo federal pouco promove políticas de valorização desses profissionais,
que muitas vezes são vencedores, donos de medalhas, mas não conseguem meios
para manter suas despesas, uma vez que dispõem do tempo para os treinamentos.
Há poucos exemplos, em nossa história, com exceção do futebol, de profissionais
que conseguiram manter-se com certa estabilidade, reconhecimento, valor e
respeito.
Muitas empresas
particulares apoiam os esportistas, cuidando dos patrocínios, e dos salários
para mantê-los. Porém, isso não é suficiente, pois vários não conseguem outras
formas para se sustentar, acabando por desistir da área esportiva. Isso é o
mais grave, aponta relatório do jornal Folha de São Paulo, de outubro de 2016:
30% dos jovens de 13 a 21 anos inseridos em qualquer prática esportiva desistem
de dar continuidade à área em menos de 2 anos.
Minha conclusão é a
análise de que as grandes nações que se destacam nas conquistas de medalhas
investem nos atletas, desde as gerações mais novas, a partir dos três anos de
idade. Esse investimento possui início nas escolas. Com a união de novos
políticos, com a nova geração que assumiu a Administração de Balneário
Camboriú, e que tem visão abrangente e inovadora, junto a empresários com
mentes visionárias, acredito que podemos fomentar exemplos positivos ao Brasil,
a longo prazo, para sermos uma grande potência na área desportiva.
As famílias desses
cidadãos e cidadãs que levam e elevam o nome de nossos municípios, Estado e
país ao longo de todo o Mundo, necessitam de mais atenção, respeito e carinho
dos poderes público e privado. Em nosso município, observo de perto o trabalho
de base muitas crianças, jovens e adultos praticantes. Temos grandes talentos,
muitas vezes ignorados e ainda não conhecidos. Acima de tudo, o Esporte é
promotor de Saúde e Educação, gera Emprego e Renda, e alavanca o nosso Turismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário